sábado, 10 de setembro de 2016

SÃO CIPRIANO E SANTA JUSTINA ­ CRISTO VENCE TODA MAGIA

No reinado de Décio (249­251) viveu em Antioquia (da Pisídia) um certo filósofo e mago de renome, cujo nome era Cipriano, um nativo de Cartago.  Nascido de pais ímpios, na sua infância ele foi consagrado por eles ao serviço do deus pagão Apolo. 


ENTREGUE AOS ESTUDOS DA MAGIA 

Com sete anos de idade, foi entregue aos mágicos para o estudo da magia e da sabedoria demoníaca.  Com  dez  anos  de  idade,  ele  foi  enviado  por  seus  pais,  como  numa preparação para a carreira de feiticeiro, para o Monte Olimpo, que os pagãos chamavam  de  morada  dos  deuses.  Ali,  havia  uma  multidão  de  vários ídolos, nos quais os demônios habitavam.




Nessa montanha, Cipriano estudou todos os tipos de artes diabólicas: ele dominou várias transformações demoníaca, aprendeu a mudar a natureza do ar, para trazer ventos, trovões e produzir chuva, perturbar as ondas do mar, causar danos aos jardins, vinhas e campos, a enviar doenças e pragas sobre o  povo,  e,  em  geral,  ele  aprendeu  uma  ruinosa  sabedoria    e  atividade diabólica.
Neste lugar ele viu uma legião de demônios inumeráveis, com o príncipe das trevas à sua frente, alguns estavam diante dele, outros serviam­no, outros ainda gritavam em louvor do seu príncipe, e alguns foram enviados para o mundo, a fim de corromper pessoas.
Ali também, ele viu em suas falsas formas os deuses e deusas pagãos, e também diversos fantasmas e espectros, a invocação que ele aprendeu em um rigoroso jejum de quarenta dias. Ele comeu apenas após o pôr do sol, e não o pão ou qualquer outra coisa, mas só bolotas de carvalhos.
Quando ele tinha quinze anos, ele começou a receber lições de sete grandes feiticeiros, deles ele aprendeu muitos segredos demoníacos. 
Então, ele foi para a cidade de Argos, onde, depois de ter servido à deusa Juno por um tempo, ele aprendeu muitas práticas das manobras de seus sacerdotes. Viveu também em Taurapolis (na ilha de Içara), no serviço da deusa Diana, e de lá ele foi para Esparta, onde ele aprendeu a chamar os mortos dos túmulos e forçá­los a falar por meio de vários encantamentos e feitiços. 

Na idade de vinte anos, Cipriano chegou ao Egito, e na cidade de Memphis, ele aprendeu ainda maiores encantos e encantamentos. Em seu trigésimo ano ele foi para os caldeus, e tendo aprendido a astrologia lá, ele terminou seus estudos. 


O Bruxo Cipriano em Antioquia

Depois disso, ele voltou a Antioquia, sendo perfeito em todos os mal­feitos. Assim, ele tornou­se um feiticeiro, mágico, e destruidor de almas, um grande amigo e fiel servo do príncipe do inferno, com quem ele conversava face a face,  sendo  outorgado  a  receber  grande  honra  dele,  como  ele  próprio testemunhou.
"Acredite em mim", ele disse: "Eu vi o príncipe das trevas, pois propiciei­lhe por  sacrifícios.  Cumprimentei­o  e  falei  com  ele  e  os  seus  anciãos,  ele gostava  de  mim,  elogiou  meu  entendimento,  e  antes  de  todo  mundo ele disse: ' Aqui está um novo Jambres, sempre pronto para a obediência e digno da comunhão com a gente!"
 E prometeu fazer de mim um príncipe depois da minha partida do corpo, e para o curso da vida terrena para me ajudar em tudo. E ele me deu uma legião de demônios para me servir. 
Quando partiram, ele se dirigiu a mim com estas palavras: 
«Coragem, fervoroso Cipriano; levante­se e acompanhe­me, deixe todos os antigos demônios maravilhar­se com você." 




Por conseguinte, todos os seus príncipes estavam atentos para mim, vendo a honra que me demosntrou a mim. A aparência externa do príncipe das trevas foi como uma flor. Sua cabeça foi coroada por uma coroa (não um real, mas um fantasma um) feitas de ouro e pedras brilhantes, como um resultado do qual todo o espaço ao seu redor estava iluminado, e sua roupa era surpreendente. 
Quando ele se voltava para um lado ou outro,todo lugar tremia, uma multidão de espíritos malignos de vários graus estava obedientemente em seu trono. me entreguei totalmente a seu serviço naquela época, obedecendo a seu comando todos os dias. " 
Assim relatou São Cipriano a respeito de si mesmo depois de sua conversão.
Assim,  é  evidente  que  tipo  de  homem  Cipriano  era:  como  amigo  dos demônios, ele participou em todas as suas obras, causando mal às pessoas e enganando­as. 
Vivendo  em  Antioquia,  fez  com  que  muitas  pessoas  se  voltassem  a prática de todo o tipo de ação ilegal, ele matou muitos com venenos e magia, e abateu  rapazes e moças como sacrifícios para os demônios. Ele instruiu muitos em sua magia ruinosa: alguns ensinou a voar no ar, outros a navegar em barcos nas nuvens, outros ainda caminhar sobre a água. Por todos os pagãos era reverenciado e glorificado como um sacerdote e mais sábio servo de seus deuses vis. Muitos se voltaram para ele em suas necessidades, e ele ajudou­os por meio do poder demoníaco com o qual ele estava cheio: ele colaborou  com  alguns  em  seus  adultérios,  com  outros  no  ódio,  nas inimizades, na vingança, na inveja. 
Já estava inteiramente nas profundezas do inferno e as garras do diabo, ele
e da sua perdição eterna.
 Mas o Senhor, que não deseja a morte do pecador, em sua bondade e sua misericórdia indizível que não é conquistada pelos pecados dos homens, se dignou  a  procurar  este  homem  perdido,  para  tirar  do  abismo  a  que  foi mergulhado na sujeira das profundezas do inferno, e  salvá­lo, a fim de mostrar a todos os homens a sua misericórdia, porque não há pecado que possa apagar seu amor pela a humanidade. Ele salvou Cipriano da perdição, da seguinte forma.


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